Histórico

Ao longo da história da humanidade, vários grupos sociais foram discriminados e marginalizados por aqueles que detinham o poder e sustentavam uma relação de dominação baseada em conceitos que determinavam a superioridade de uma pequena parcela da população e a inferioridade da grande maioria. Em conseqüência disso, formaram-se sociedades segregadoras e discriminatórias que perduram até os dias atuais.

Considerando-se que no Brasil, especialmente no estado da Bahia, existe um quadro de divisão social e principalmente racial, surge, em Salvador, um grupo de estudantes que acreditam numa forma diferente de educação como mecanismo fundamental para realização das mudanças necessárias que possibilitem a inclusão e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Desta forma, fundou-se o Grupo de Ação para Promoção Educacional Científico-Cultural (GAPECC), com o objetivo de desconstruir valores e preconceitos historicamente transmitidos sobre as desigualdades sociais e, particularmente, a condição do negro. A discussão sobre raça e a própria formação deste conceito é muito freqüentemente camuflada como uma questão exclusivamente econômica, desconsiderando muitas vezes os esteriótipos que são criados e difundidos pela imprensa e pelo sistema educacional público que se encontra falido.

Assim, o grupo propõe uma nova discussão sobre as várias formas do saber e as suas construções a fim de contribuir para a transformação da sociedade brasileira dentro dos ideais de conscientização e respeitando as diversidades étnicas, sociais, religiosas, sexuais e de gênero.